terça-feira, 12 de junho de 2012

Moldando nosso aprendizado...

Patati Patata.
Comigo agora tem que ser assim: sentar, sem pensar que estou sem tempo, e escrever. Vomitar.
Praticamente sem tempo pra pensar no QUE vou escrever.
Apesar disso, esse post já estava sendo programado.
Vamos ver o que sai disso!

Dias 01, 02, e 03/06 tivemos a presença da Gabrielle Blackburn no Brasil, com um seminário sobre principalmente: motivação, e zonas de contato.
Eu, que já era fã dela desde que a Luiza me apresentou um vídeo (onde a gente babava justamente nas zonas de contato), fiquei realmente impressionada. De um carisma fantástico, sempre de bom humor e tentando ajudar ao máximo, não demonstrou (pelo menos eu não percebi) cansaço em nenhum dos dias, e sempre estava disposta a mostrar mais e mais. Todos os seminários até hoje foram muitooo bons, e com ela, eu me senti mais a vontade ainda.
Logo no primeiro dia, foram as aulas particulares. Mais uma vez, Nankin me acompanhou, com toda sua loucura. Ela gostou muito dele, disse que era o "tipo de cachorro que ela gostava". Mas como os outros também ficou impressionada com o fato de ele não se importar com o fato de derrubar barras, ou até se machucar, e saltar metros de distância. E pela segunda vez, mais uma pessoa falou algo que mudou a idéia que eu tinha, quando comecei a subir os saltos do Nankin: Se ele é doido, devo ser mais do que ele. Se ele é explosivo, e doido, eu tenho que ser assim também, e deixá-lo no extremo da excitação. Engraçado né!? Quando eu comecei, que faz pouquissimo tempo ainda, a idéia era o contrário. Acalmá-lo para que ele pensasse. Agora é ao contrário: Fazer com que ele consiga pensar mesmo sob o mais alto nível de "stress", ou então, que certas coisas se tornem mecânicas.
É aquela coisa: os aprendizados vão surgindo, você pode aproveitá-los, e seguir conforme as mudanças nos estilos de treinamento, sempre buscando o melhor. Ou não.
Já faz um tempo, desde o curso do Alen que tenho sido diferente com o Nankin. Sem mais pressão, só brincadeira. Em treino, comigo, sozinha, ele melhorou muito. Quando se coloca em pista, com mais gente...
Mas tudo tem seu tempo. Estamos trabalhando.
E eu estou determinada. Demore o tempo que demorar. Ele merece o agility.

Enfim. Fim das aulas particulares. Começamos o curso propriamente dito. Fiz sem cão, não via motivo de fazer com algum dos meus. Me arrependi um pouco depois, até queria ter feito. Mas, não rolava $$$abe como é.
Eu sinceramente achei fantástico.
Ela não trouxe coisas novas. De fato não. Ela trouxe o que ela sabe fazer, E BEM! Explicou como motivar, explicou como fazer as zonas de contato dos nossos cães. Para nós, brasileiros, o ideal é sempre ouvir novidades. Mas perai. Na minha cabeça, não entra o fato de nós conhecermos os métodos, e simplesmente não usá-los. Algo está errado por ai... Método running, ou método 2o2o, todos conhecem, mas então porque quase nenhum cão aqui no Brasil, tem zonas descentes??? Mesmo os cães de ponta, descem se "arrastando" nas zonas de contato, como eu ouvi - não dela. E isso é real. É só parar pra assistir a prova...
Na minha cabeça, não entra, ter fantásticos condutores vindo de fora do Br, e tão poucos condutores experientes participando dos cursos. Eu acredito de coração, que quanto melhor você é, mais você quer conhecer. E se você tem falha em algo, você quer conhecer, debater, com alguém que definitivamente sabe o que faz, e que fez vários cães, e todos, praticamente sem exceção, são excelentes naquilo. Então não. Não acredito que seja necessário inovações, mas sim, que aquilo que nós aprendemos seja realmente utilizado. O jeitinho brasileiro, eu acredito que não fica fora do agility. Queremos pronto. Mastigado. Porque afinal "ninguém tem tempo de fazer tudo isso". Eu sinceramente acho que os condutores que vieram aqui, não vivem de ar. Não vivem o dia inteiro fazendo agility. Mas acredito que seja determinação... E critério. Esse último foi o ponto chave do curso. E o principal. Se nós saímos de lá com essa palavra na cabeça, acho que nossa ida pro curso já foi válida.

E esse critério vale para tudo, principalmente, em um assunto que eu acredito que seja do tipo "pisar em ovos" aqui no Br.
E isso bateu na minha cabeça durante o curso, e depois dele.
Lá fora, critério é tudo. Se sua zona de contato é 2o2o, o cão tem que fazer exatamente aquilo que ele treina. Se o cão treina um "fica", na prova ele deve fazer o mesmo. Se não faz, ele sai da pista, acaba a brincadeira. E lá fora, isso não é horrível, não é feio. Minha pergunta é pra vocês. E pra vocês? Se você estiver treinando algo, e na hora da prova seu cão não faz, você o tiraria da prova?

Eu tenho a seguinte opinião, me baseando nos meus cães: Um cão redondo, que consegue fazer uma boa pista, tem erros pequenos, ou que consegue aprender nos treinos e passar pra uma prova oficial, eu não tiraria. Mas faria questão de exigir aquilo em prova, mesmo que o tempo fosse maior, mesmo que fizesse falta, ou eliminasse. Se meu cão erra demais, e percebe a diferença de uma prova e um treino, eu tiro. Falo isso baseando nos meus, Otto não tiro, Nankin eu tiro. Critério.

E você?!

2 comentários:

  1. Eu já tirei e tiraria de novo.
    Aqui fala uma pessoa que teve zonas lindas deterioradas em ambiente de prova por conta de pequenas coisas que eu deixei passar.
    Never more.

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  2. Adorei o post! Disse boas verdades.

    E quanto a pergunta. Eu não tiraria, pensando na cachorra que compito hoje, mas eu daria uma time-out do mesmo jeito, algo como parar ou pedir para ela deitar. Se isso não funcionasse, aí eu tiraria.

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